sábado, 29 de setembro de 2012

INSPIRAÇÃO: FILTRO DOS SONHOS


Um velho índio da tribo Lahota - Sudeste dos EUA - subiu ao topo de uma montanha para ter uma visão. O grande espírito mágico, o sábio Thtomi, apareceu na forma de uma aranha e comunicou-se com o velho em linguagem sagrada, Thtomi, a aranha, pegou das mãos do índio um aro de cipó e começou a tecer uma teia com as oferendas por ele recebidas - penas, crina de cavalo e sementes. Enquanto tecia, o espírito falou sobre os ciclos da vida, do nascimento à morte, e das boas e más forças que atuam sobre nós em cada uma dessas fases. Dizia ele:“Se você escutar as boas forças, elas o guiarão na direção certa e trarão a harmonia da natureza. Do contrário, a levarão à direção errada, causando dor e infortúnios”.
Quando acabou, o espírito mágico devolveu ao velho o aro de cipó com uma teia no centro e disse: “No centro está a teia que representa o ciclo da vida. Utilize-a para ajudar seu povo a alcançar seus objetivos, fazendo bom uso de suas idéias, seus sonhos e suas visões. Se você acredita no Grande Espírito, a teia filtrará seus sonhos e suas visões. Eles vêm de um lugar chamado Espírito do Mundo, que ocupa o ar da noite com os sonhos bons e ruins. A teia quando pendurada se move livremente e consegue pegar sonhos quando ainda estão no ar.
Os sonhos bons sabem o caminho e deslizam suavemente pelas penas até alcançar quem esta dormindo. Já os ruins ficam presos no círculo central até o nascer do sol, quando morrem com a primeira luz do dia.




Os filtros dos sonhos, ou Dream Catchers nasceram de antigas lendas dos índios americanos, que até hoje cultivam o habito de usa-los para harmonizar o ambiente. Os filtros são colocados em entradas de lugares -janelas e portas - ou perto da cama, uma vez que acredita-se que o objeto é capaz de desvendar sonhos e proteger de pesadelos. Hoje, é possível encontrar filtros dos sonhos em quase todos os objetos, como canecas e até em forma de brincos; e, também, são muito comuns em tatuagens.